BRASÍLIA (Reuters) -O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou nesta quarta-feira que determinou à Polícia Federal que abra inquérito para apurar o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes há quase cinco anos no Rio de Janeiro.
Até o momento, um policial reformado e um ex-policial foram presos e denunciados pelo crime ocorrido em março de 2018, mas até hoje ainda não foi revelado o motivo do assassinato e se houve algum mandante.
"A fim de ampliar a colaboração federal com as investigações sobre a organização criminosa que perpetrou os homicídios de Marielle e Anderson, determinei a instauração de inquérito na Polícia Federal. Estamos fazendo o máximo para ajudar a esclarecer tais crimes", disse o ministro em publicação no Twitter.
O despacho sobre a abertura do inquérito determina que a PF apure "todas as circunstâncias que envolveram a prática do crime", segundo o Ministério da Justiça.
Ainda de acordo com a pasta, esta será a primeira vez que o caso é investigado pela PF. O inquérito será conduzido sob sigilo e não há prazo para sua conclusão.
Em maio de 2022, o Ministério Público do Rio de Janeiro passou a investigar o contraventor Rogério Andrade, ligado ao jogo do bicho, como suposto mandante. Já foram presos como executores do crime o policial militar aposentado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Queiroz.
A ativista das questões étnico-raciais Anielle Franco, irmã de Marielle, é ministra da Igualdade Racial do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
(Reportagem de Maria Carolina MarcelloEdição de Pedro Fonseca)