Por Rozanna Latiff
TÓQUIO (Reuters) - Grande esperança japonesa de medalha de ouro no tênis, Naomi Osaka foi eliminada nesta terça-feira na terceira rodada do torneio olímpico da Tóquio 2020 e reconheceu que não soube lidar com a pressão da ocasião.
Tenista número dois do mundo, Osaka foi derrotada por 6-1 e 6-4 pela tcheca Marketa Vondrousova em um resultado surpreendente que impôs um golpe nas esperanças japonesas de conquistar uma chuva de ouros na Olimpíada disputada em casa.
A Tóquio 2020 foi o primeiro torneio de Osaka desde que ela desistiu de Roland Garros em maio, quando ela anunciou que sofre de depressão há quase três anos.
Osaka havia dito que não participaria de entrevistas coletivas para aumentar a conscientização sobre a importância do bem-estar mental dos atletas, mas falou com os jornalistas após sua derrota.
"Definitivamente sinto que havia muita pressão dessa vez", disse ela. "Acho que talvez tenha sido porque eu nunca tinha disputado uma Olimpíada antes e a primeira ser aqui foi um pouco demais."
"Mas acho que estou feliz com a forma que joguei... tendo tido esse intervalo que eu tive. Tive longos intervalos antes e consegui me sair bem", acrescentou.
"E não estou dizendo que me saí bem agora, mas eu sei que minhas expectativas eram muito maiores do que foi meu resultado. Então... acho que minha atitude não foi tão boa, mas eu realmente não sabia como lidar com a pressão... então isso foi o melhor que eu podia fazer nesta situação", disse.
"Para mim, estou muito feliz de estar aqui. Estou triste por ter perdido, é claro, mas no geral estou realmente feliz com minha primeira experiência olímpica."
A chave feminina de tênis dos Jogos agora não tem mais as duas principais cabeças de chave, depois de a tenista número um do mundo e atual campeã de Wimbledon Ash Barty ser derrotada no domingo, ainda na primeira rodada.
Osaka, que acendeu a pira olímpica na cerimônia de abertura dos Jogos, pareceu não se encontrar na quadra azul em Tóquio e nunca conseguiu estabelecer um ritmo enquanto Vondrousova se impunha na partida.
A japonesa cometeu 18 erros não forçados ao longo do jogo, o triplo dos erros da adversária.