Por Lucy Craymer
WELLINGTON (Reuters) - O Partido Trabalhista da Nova Zelândia escolheu, neste domingo, o ex-ministro da Covid, Chris Hipkins, para substituir a carismática Jacinda Ardern e se tornar o próximo primeiro-ministro do país.
Hipkins, de 44 anos, foi o único indicado ao cargo e sua confirmação em uma reunião do partido, conhecido como bancada trabalhista, neste domingo, foi em grande parte uma formalidade.
Sua nomeação para o cargo principal ocorreu após a surpreendente renúncia de Ardern, na quinta-feira, alegando que "não tinha mais combustível" para liderar o país.
"Este é o maior privilégio e a maior responsabilidade da minha vida", disse Hipkins em entrevista coletiva anunciando sua nomeação. "Estou cheio de energia e animado com o desafio que temos pela frente."
Hipkins reconheceu imediatamente a liderança de Ardern, a quem chamou de uma das maiores governantes da Nova Zelândia e uma inspiração para mulheres e meninas em todos os lugares.
"Ela deu voz para aqueles que frequentemente são esquecidos em tempos desafiadores e propositalmente fez política de maneira diferente", disse Hipkins.
Mas parte do ódio que Ardern enfrentou durante seu mandato é um lembrete de que "temos um longo caminho a percorrer para garantir que as mulheres em cargos de liderança recebam o mesmo respeito que seus colegas do sexo masculino", acrescentou.
Conhecido como "Chippy", Hipkins construiu uma reputação de competência no combate à Covid-19 e foi um solucionador de problemas para Ardern quando outros ministros do gabinete estavam enfrentando dificuldades.
Eleito pela primeira vez para o parlamento em 2008, ele se tornou um nome familiar à frente da resposta do governo à pandemia. Ele foi nomeado ministro da saúde em julho de 2020 antes de se tornar ministro de resposta à Covid no final daquele ano.