Por Julien Pretot
PARIS (Reuters) - A participação da quatro vezes campeã de Grand Slams Naomi Osaka em Wimbledon estava em dúvida nesta segunda-feira, depois que a japonesa disse que a decisão das autoridades do esporte de retirar os pontos do torneio reduziu sua motivação em jogar.
Na semana passada, Wimbledon teve seus pontos no ranking retirados pela ATP e pela WTA, em decorrência da decisão do torneio de excluir tenistas de Rússia e Belarus por causa da invasão russa da Ucrânia.
"Eu diria que a decisão está afetando minha mentalidade em atuar na grama, como se eu não tivesse 100% de certeza se vou lá", disse Osaka em entrevista coletiva após sua derrota na primeira rodada no Aberto da França nesta segunda-feira.
"Eu adoraria ir apenas para obter alguma experiência na quadra de grama, mas ao mesmo tempo, para mim, é tipo --não quero dizer sem sentido, sem trocadilhos, mas eu sou o tipo de jogadora que se motiva por... ver meu ranking subir."
A decisão da ATP e da WTA foi recebida com "profunda decepção" pelo All England Lawn Tennis Club, que repetiu sua posição de que a proibição era a única opção viável sob a orientação do governo britânico.
A Federação Internacional de Tênis (ITF) também disse que não concederá pontos de classificação a Wimbledon este ano para eventos de tênis júnior e em cadeira de rodas.
A decisão do All England Lawn Tennis Club de impor o veto a jogadores russos e bielorrussos nos campeonatos deste ano é a primeira vez que atletas são excluídos por motivos de nacionalidade desde a era imediatamente pós-Segunda Guerra Mundial, quando jogadores alemães e japoneses foram banidos.
(Por Julien Pretot; reportagem adicional de Sudipto Ganguly)