LONDRES (Reuters) - Paul McCartney diz que queria continuar tocando com os Beatles quando a banda se separou em 1970 e John Lennon instigou o rompimento.
As especulações sobre o que causou o fim do grupo pop mais famoso do mundo vão de diferenças artísticas e disputas legais ao casamento de Lennon com a artista Yoko Ono.
Em um episódio do programa "This Cultural Life" da Radio 4 da BBC, Paul, de 79 anos, fala sobre o que classificou como o período mais difícil de sua vida.
"Não instiguei a separação. Isso foi o nosso Johnny", disse. "Aquela era minha banda, aquele era meu trabalho, aquela era minha vida, então eu queria que continuasse."
Quando o cantor e compositor foi indagado sobre sua decisão de prosseguir por conta própria, Paul pediu ao entrevistador para "parar ali mesmo" antes de dar sua explicação sobre o que aconteceu.
"Ah não, não, não, John entrou em uma sala um dia e disse 'estou saindo dos Beatles'", contou Paul. "E ele disse 'é muito arrepiador, parece muito com um divórcio'. E nós tivemos que recomeçar do zero."
Paul disse que a banda teria continuado se Lennon não tivesse saído.
"Eu achava que estávamos fazendo coisas muito boas. 'Abbey Road', 'Let It Be', nada mau."
Paul afirmou que, depois que Lennon anunciou que queria sair, os membros remanescentes foram aconselhados por seu novo empresário, Allen Klein, a manter o rompimento iminente em segredo enquanto ele amarrava algumas pontas soltas.
(Por Andrew MacAskill)