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PF prende ex-bombeiro acusado de participar de assassinato de Marielle após delação

Publicado 24.07.2023, 08:52
© Reuters. Homenagem a Marielle Franco em prédio de São Paulo
14/03/2023
REUTERS/Amanda Perobelli

(Reuters) -A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa sob acusação de participação no assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, em 2018, após outro acusado de envolvimento no crime, o ex-policial militar Élcio de Queiroz, ter firmado um acordo de delação premiada, afirmou o ministro da Justiça, Flávio Dino.

Em entrevista coletiva em Brasília, Dino também disse que com as informações dadas por Queiroz e com as provas colhidas no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal nesta segunda-feira, há elementos para determinar os mandantes do crime e que, nas próximas semanas, novas operações sobre o caso deverão ocorrer.

"Tivemos uma delação, uma colaboração premiada do senhor Élcio de Queiroz... Essa delação foi já homologada judicialmente", disse Dino, acrescentando que a colaboração foi firmada há cerca de 15 dias com Queiroz, que é acusado de dirigir o carro usado no crime.

"Certos detalhes da investigação sobre os quais pairavam dúvidas, a partir da delação do senhor Élcio, essas dúvidas se acham removidas", acrescentou.

Segundo Dino, Queiroz confessou sua participação no crime, além de apontar a participação do policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos, e de Maxwell, preso nesta segunda. O ministro disse que as circunstâncias da execução do crimes estão esclarecidas.

De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, o ex-bombeiro teria realizado atividades de vigilância e monitoramento de Marielle além de apoio logístico para a execução do assassinato. "Houve participação dele na ocultação de provas", afirmou.

A Reuters não conseguiu localizar de imediato as defesas de Queiroz e Corrêa.

Na entrevista coletiva, Dino lembrou que, em fevereiro, a PF assumiu as investigações sobre o caso e desde então, de acordo com ele, foram colhidas provas que determinaram "de forma inequívoca" as participações de Queiroz e Lessa, e que isso levou à delação do ex-policial militar.

"Não há de forma alguma a informação de que a investigação se acha concluída, pelo contrário... Há elementos para outro patamar, qual seja a identificação dos mandantes do crime", afirmou o ministro.

"Posso afirmar aos senhores que haverá novos passos", garantiu Dino, acrescentando que "sem dúvida há a participação de outras pessoas". O ministro revelou ainda que "é indiscutível" que o caso está relacionado a "organizações criminosas e milicianas que atuam no Rio de Janeiro".

Dino afirmou que a Polícia Penal Federal participou das negociações para a delação de Queiroz, que assim como Lessa está preso no sistema penitenciário federal.

© Reuters. Homenagem a Marielle Franco em prédio de São Paulo
14/03/2023
REUTERS/Amanda Perobelli

Dino disse que os termos da delação premiada de Queiroz permanecem sob sigilo de Justiça, mas assegurou que o policial militar permanecerá preso em regime fechado e que ele recebeu como benefício pela colaboração garantias de segurança.

Marielle e seu motorista, Anderson Gomes foram assassinados em um atentado no Rio de Janeiro, há mais de cinco anos. Desde então, Lessa e Queiroz foram presos, mas até o momento as investigações não apontaram um mandante para o assassinato e nem sua motivação.

(Por Eduardo SimõesEdição de Pedro Fonseca)

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