LVIV, Ucrânia (Reuters) - O prefeito de Chernihiv, cidade no norte da Ucrânia, afirmou neste sábado que 44 pessoas gravemente feridas, incluindo três crianças, não poderiam ser retiradas para áreas mais seguras para receberem tratamento porque a cidade foi isolada por forças russas.
A cidade perto da fronteira com Belarus está efetivamente cercada, disseram autoridades locais na sexta-feira, alertando que havia se tornado impossível retirar civis ou levar auxílio humanitário porque uma ponte que liga a cidade à capital da Ucrânia ao sul havia sido destruída pelos bombardeios.
Falando na rede nacional de televisão, o prefeito de Chernihiv, Vladyslav Atroshenko, disse que a situação era especialmente crítica para 44 pessoas que precisavam de tratamento de emergência.
"Eles não podem sobreviver lá por causa da gravidade dos seus ferimentos, precisam de retirada urgente”, disse.
Ele disse que ainda havia até 130.000 pessoas sem aquecimento, eletricidade ou fornecimento de água em Chernihiv que, segundo ele, estava sob forte bombardeio das forças russas. A cidade tinha uma população pré-guerra de cerca de 290.000 habitantes, afirmou.
A Reuters não conseguiu confirmar seus relatos de maneira independente.
Na sexta-feira, o ministério da Defesa da Rússia afirmou que forças russas haviam “bloqueado” cidades ucranianas, incluindo Chernihiv, para prender o exército ucraniano, enquanto a Rússia focava em assumir o controle da região de Donbass, no leste.
A Rússia negou estar mirando civis desde que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, no que ela chama de “operação militar especial”.
(Reportagem de Natalia Zinets)