WASHINGTON (Reuters) - Claude Joseph, que nominalmente tem liderado o Haiti como primeiro-ministro interino desde o assassinato do presidente Jovenel Moise, disse em uma entrevista ao Washington Post publicada nesta segunda-feira que concordou em renunciar, entregando o poder a um pretendente apoiado pela comunidade internacional.
O anúncio parece encerrar uma luta pelo poder entre Joseph e Ariel Henry, o neurocirurgião de 71 anos que foi nomeado primeiro-ministro por Moise dois dias antes do assassinato, mas que ainda não prestou juramento.
Moise foi morto a tiros quando assassinos armados com rifles de assalto invadiram sua residência particular em Porto Príncipe no dia 7 de julho. O assassinato despertou caos à nação já turbulenta, acontecendo em meio a uma onda de violência de gangues que deslocou milhares de pessoas e prejudicou a atividade econômica no país mais pobre das Américas.
Joseph disse ao Washington Post que ele e Henry se reuniram em particular na semana passada, acrescentando que ele concordou em renunciar no domingo "para o bem da nação".
"Todo mundo que me conhece sabe que não estou interessado nesta batalha, ou em qualquer tipo de tomada de poder", disse Joseph.
"O presidente era um amigo para mim. Só estou interessado em ver justiça para ele", acrescentou Joseph.
(Por Daphne Psaledakis e Jan Wolfe)