Por Lucinda Elliott
(Reuters) - Protestos no Peru estão bloqueando o acesso a Machu Picchu, em meio à irritação da população local com um novo sistema de eletrônico de ingressos para um dos patrimônios históricos mais populares da América do Sul. Eles interromperam o transporte ferroviário ao local, que abriga ruínas incas, e deixaram turistas isolados.
Os serviços por trem às ruínas antigas no alto dos Andes estão suspensos desde sábado, porque manifestantes bloqueando a linha ferroviária causam preocupações de segurança. Dois operadores de turismo disseram à Reuters que os corredores de viagem ainda não haviam sido reabertos nesta segunda-feira.
Os protestos, que começaram na semana passada, deixaram centenas de turistas de vários lugares do mundo, que visitam Machu Picchu, impossibilitados de chegar ao local.
A ministra da Cultura do Peru, Leslie Urteaga, viajou à região no domingo, mas uma solução para a “greve por tempo indeterminado”, que está sendo liderada por sindicatos do setor de turismo, operadores turísticos e moradores, ainda não foi anunciada.
Representantes da comunidade em Machu Picchu temem que a nova plataforma eletrônica de venda de ingressos prejudiquem os negócios locais ao “privatizar” as vendas e direcionar os lucros a uma única empresa.
As agências responsáveis pela preservação do local alertaram para a superlotação e venda excessiva de ingressos, forçando as autoridades a encontrar novas maneiras para controlar o número de visitantes, em um momento em que as viagens se recuperam após o período de pandemia.
(Reportagem de Lucinda Elliott)