LONDRES (Reuters) - A região rebelde de Luhansk, no leste da Ucrânia, que é apoiada pela Rússia, disse neste domingo que pode realizar um referendo sobre a adesão à Rússia, despertando um alerta de Kiev de que tal votação não teria base legal e desencadearia uma resposta internacional mais forte.
Três dias antes de ordenar a invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu as regiões rebeldes ucranianas de Luhansk e Donetsk como Estados independentes, embora o resto do mundo as considere parte da Ucrânia.
A Ucrânia, que diz estar lutando por sua existência contra o que considera uma apropriação de terras pela Rússia no estilo imperial, tem afirmado repetidamente que nunca concordará com a anexação de seu território pela Rússia -- a parte mais difícil das negociações de paz com Moscou.
"Acho que em um futuro próximo um referendo será realizado no território da república", disse Leonid Pasechnik, líder da autoproclamada República Popular de Luhansk, segundo a mídia da região.
"O povo exercerá seu direito constitucional supremo e expressará sua opinião sobre a adesão à Federação Russa".
A Ucrânia disse que tal referendo em território ucraniano ocupado não terá base legal e enfrentará uma forte resposta da comunidade internacional, aprofundando o isolamento da Rússia do restante do mundo.
"Todos os referendos falsos nos territórios temporariamente ocupados são nulos e sem efeito e não terão validade legal", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Oleg Nikolenko, em comunicado à Reuters.
(Por redação da Reuters)