Por Costas Pitas
LONDRES (Reuters) - O Reino Unido anunciou novas medidas neste sábado para tentar desacelerar a disseminação da variante do coronavírus ômicron, recentemente identificada, e uma importante autoridade de saúde disse que há uma "chance razoável" de que as vacinas possam ser menos eficazes contra ela.
O primeiro-ministro Boris Johnson disse que todos os recém-chegados ao país teriam que fazer um teste e que era hora de intensificar as doses de reforço da vacina.
"Exigiremos que qualquer pessoa que entrar no Reino Unido faça um teste de PCR ao final do segundo dia após sua chegada e se isole até que tenha um resultado negativo", disse Johnson em entrevista coletiva.
Ele disse que aqueles que entraram em contato com pessoas com resultado positivo para caso suspeito de ômicron teriam que se isolar por 10 dias e que o governo iria tornar mais rígidas as regras sobre o uso de máscaras.
O programa para oferecer doses de reforço da vacina também será intensificado, acrescentou.
Falando ao lado de Johnson, o diretor médico da Inglaterra, Chris Whitty, afirmou que havia uma chance razoável de que a variante recém-identificada pudesse ser menos fácil de combater com vacinas.
"Há uma chance razoável de que pelo menos haja algum grau de escape da vacina com esta variante", disse Whitty.
Mais cedo neste sábado, o ministro da Saúde, Sajid Javid, divulgou que dois casos associados da nova variante ômicron foram detectados no Reino Unido, associados a viagens ao sul da África.