Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O relatório final da Comissão Avaliadora do Teste Público de Segurança das urnas eletrônicas no país concluiu que nenhum dos achados apontados pelos investigadores em novembro do ano passado violaram o sistema de votação, que continua íntegro e seguro, conforme a íntegra do documento entregue ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin.
Assinaram o relatório dez membros da comissão, formada por representantes das Forças Armadas, do Ministério Público Federal, Ordem dos Advogados do Brasil, Congresso Nacional, Polícia Federal, Conselho Federal de Engenharia e Agronomia e Sociedade Brasileira de Computação, além de três especialistas.
Em comunicado divulgado após receber o documento, o presidente do TSE disse que o trabalho é uma contribuição à sociedade brasileira e desenvolve um plano de melhorias.
O membro da comissão e representante do Comando da Aeronáutica, Osvaldo Catsumi, parabenizou o tribunal pela realização da sexta edição desse tipo de testes, o que permitiu o aprimoramento do sistema.
“O nosso trabalho foi complementar as ações feitas pelos investigadores. É o trabalho deles que possibilita visões externas e que ajudam a melhorar o sistema. Nós apenas buscamos avaliar e apontar um melhor entendimento do que é possível fazer para tornar o processo ainda mais seguro”, afirmou, segundo declaração divulgada pelo tribunal.
Em 11 páginas, o documento detalhou achados apresentados nos testes e as respostas dadas para as recomendações feitas, atestando a confiança no sistema.
"A análise dos processos, sistemas, subsistemas e componentes, avaliados continuamente de acordo com o cenário dinâmico de candidaturas, campanhas e divulgação de informações eleitorais garantirão a capacidade de rever os riscos de forma consistente, transmitindo a segurança e a confiabilidade aos eleitores para terem a certeza do valor do seu voto realizado, amparado pela Justiça Eleitoral", concluiu o relatório.
A entrega do documento é mais uma etapa nos testes feitos pelo TSE para garantir a confiança das urnas eletrônicas em meio a críticas e insinuações --sem evidências-- feitas pelo presidente Jair Bolsonaro contra o sistema de votação.