Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quarta-feira o julgamento que confirmou que o então juiz da Lava Jato Sergio Moro teve uma atuação parcial no julgamento do processo do tríplex do Guarujá (SP) que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão.
A decisão, tomada por sete votos a quatro, anula toda essa ação que o petista foi condenado, inclusive provas colhidas durante a instrução processual. O plenário manteve decisão anterior da Segunda Turma do STF nesse sentido.
Votaram pela manutenção da decisão da Segunda Turma os ministros Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.
A defesa do ex-presidente já pediu ao Supremo que em outros processos de Lula julgados por Moro também seja reconhecida a atuação parcial do ex-juiz, que posteriormente chegou a ser ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro. Em outro julgamento, o plenário do STF já tinha confirmado decisão liminar do ministro Edson Fachin de anular condenações do ex-presidente tomadas no âmbito da operação Lava Jato em Curitiba, garantindo ao petista os direitos políticos para concorrer nas eleições presidenciais de 2022.
Lula tem aparecido em recente pesquisas de intenção de voto à frente de Bolsonaro na corrida ao Palácio do Planalto.