BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou pedido de revogação apresentado pela defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres e decidiu manter sua prisão preventiva.
Torres foi detido no âmbito de inquérito que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
"A prisão preventiva de Anderson Gustavo Torres, portanto,
se trata de medida razoável, adequada e proporcional para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal", diz o ministro na decisão.
"Não há, no momento, como dissociar as condutas omissivas de Anderson Gustavo Torres dos atos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023... Permanecem, portanto, inabalados os motivos da decretação de sua prisão preventiva, embasados na garantia da ordem pública, agora robustecidos com os novos elementos de prova."
Torres é investigado em inquérito que apura a conduta de autoridades que teriam contribuído com os atos. Sua prisão preventiva foi decretada por terem sido identificados indícios de sua suposta participação e pelo perigo que poderia ser gerado caso permanecesse em liberdade.
Moraes lembra, ainda, da minuta de decreto apreendida na casa de Torres, que pretendia estabelecer um Estado de Defesa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para frustrar as eleições do ano passado.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)