Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen foi a mais votada, nesta terça-feira, da lista tríplice de nomes a serem recomendados ao presidente Jair Bolsonaro para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos próximos dois anos.
Frischeisen recebeu 647 votos na eleição realizada pelos membros do Ministério Público Federal (MPF), seguida dos subprocuradores-gerais Mario Bonsaglia, com 636 votos, e Nicolao Dino, com 587 votos. Frischeisen já havia composto a lista em 2019, enquanto Bonsaglia foi selecionado em 2015, 2017 e 2019, e Dino, em 2017.
Ainda que tradicional, a lista tríplice não foi seguida por Bolsonaro há dois anos, quando escolheu Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da República. O presidente pode mais uma vez ignorar a lista e, por exemplo, manter Aras no posto.
Uma vez escolhido o nome para comandar a PGR pelos próximos dois anos, ele precisa ser submetido a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e a indicação precisa ser aprovada em votação no plenário da Casa.
Em nota, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Ubiratan Cazetta, afirmou que a lista tríplice é "um processo democrático, transparente, em favor da sociedade, para indicação do procurador-geral da República".
Também defendeu que os nomes apontados representam, no entendimento dos membros do Ministério Público Federal, "os mais aptos a exercerem o posto de PGR".