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Tese de Investimentos Bradesco (BBDC4): Até quando a inadimplência será um risco?

Publicado 07.07.2023, 13:44
Atualizado 10.07.2023, 06:00
© Reuters
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Investing.com - Um tradicional banco brasileiro que enfrenta os reflexos de aperto na economia. O Bradesco (BVMF:BBDC4) tenta driblar as incertezas e um balanço considerado preocupante. Qual é o cenário atual para a ação? Qual foi o impacto da Americanas (BVMF:AMER3) na instituição? Inadimplência continua sendo um risco? E a margem financeira, como fica? Estes são alguns dos os temas debatidos no Tese de Investimentos desta semana.

O episódio conta com análises de André Marinho, analista-chefe do TC Matrix, Bernardo Guttmann, da XP (BVMF:XPBR31) e Larissa Quaresma da Empiricus Research.

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O banco informou que o lucro recorrente foi de R$ 1,6 bilhão no quarto trimestre, o que representa um recuo de 75,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior e de 69,5% em relação ao terceiro trimestre. Os dados foram afetados pela provisão extra de R$4,9 bilhões para cobrir a exposição da Americanas. No ano como um todo, o lucro líquido recorrente foi de R$20,680 bilhões, abaixo dos R$26,215 bilhões de 2021.

Com um cenário complexo e desafiador, o Bradesco, segundo maior banco privado do país, trouxe um resultado indigesto e oscila entre elevações de ratings e revisões entre analistas. Previsões do banco para 2023 mostraram que o pior ainda não ficou para trás. Avaliando o cenário como um todo, Larissa Quaresma, da Empiricus, afirma que o resultado foi considerado 'bem fraco' Mas que poderia ter sido pior.

"O resultado foi pressionado pelo aumento da inadimplência. Na verdade, ele foi 'ajudado' por conta de uma alíquota de imposto de renda menor. Se a gente normalizasse [essa alíquota], estimamos que o resultado poderia ser pior ainda. A gente espera que cada vez mais a inadimplência será pressionada pelas grandes empresas e cada vez menos pelas pessoas físicas", explica a analista.

Já para Bernardo Guttmann, analista da XP, o resultado apresentado pelo banco teve pontos que acenderam uma luz amarela e que a instituição está sendo mais conservadora. "A velocidade da detoriação da qualidade do crédito chamou a atenção no último balanço", completa.

Caso Americanas impactou a ação

Em fevereiro, o Bradesco fez uma provisão extra de 4,9 bilhões de reais para cobrir toda sua exposição à Americanas, o que levou o banco a uma forte queda no lucro do quarto trimestre. André Marinho, analista-chefe do TC Matrix afirma que todo cenário de crise impactou negativamente os dados apresentados pelo banco.

ANÁLISE: Após balanço ruim, o que esperar das ações do Bradesco?

"A ação apresentou um cenário um pouco neutro e os resultados não vão ser muito bons em relação à rentabilidade passada apresentada, mas virá melhor que os trimestres anteriores, onde o banco foi impactado pelo caso Americanas. A tendência é que isso melhore, mas a inadimplência continua no radar", acrescentou.

Recomendações

Guttman e Marinho mantiveram uma posição neutra para a tese de Bradesco. Já Larissa, da Empiricus, opta por seguir outra estratégia e apostar em Itaú (BVMF:ITUB4), por ser considerada com melhor performance para a Empiricus Research.

A média de estimativas compiladas pelo InvestingPro é um preço-justo de R$ 22,76. Além disso, a ação tem grau de incerteza média.

Ouça o episódio na sua plataforma favorita:

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