MELBOURNE (Reuters) - Novak Djokovic foi a Melbourne para o Aberto da Austrália inseguro sobre a recepção que teria depois de ser deportado antes do Grand Slam do ano passado por não ter sido vacinado, mas torcedores disseram que o nove vezes campeão seria bem-vindo novamente.
O sérvio de 35 anos foi forçado a voltar para casa e ficou fora do campeonato do ano passado por não tomar vacina contra a Covid-19. Ele recebeu uma proibição de viagem de três anos para o país, que foi suspensa em novembro e abriu caminho para seu retorno.
As tentativas de Djokovic de competir com uma licença médica no ano passado enfureceram os australianos que enfrentaram rígidos lockdowns, com uma pesquisa de janeiro de 2022 do grupo de mídia News Corp mostrando que 83% deles eram a favor de sua deportação.
Mas, 12 meses depois, os torcedores no Melbourne Park disseram que estavam dispostos a seguir o exemplo de seus colegas de Adelaide, que deram a Djokovic uma recepção vibrante durante sua jornada até o título em um torneio preparatório.
"Bem, espero que todos o façam se sentir bem-vindo", disse Jane Powell, moradora de Adelaide que estava no primeiro Grand Slam do ano, à Reuters TV.
"Ele é um dos melhores jogadores do mundo, então estou feliz que ele estará aqui. Mas estou torcendo por Rafa Nadal."
Os organizadores do Aberto da Austrália disseram que qualquer torcedor que ataque Djokovic, que começa sua busca pelo 22º Grand Slam, para igualar Nadal, contra Roberto Carballés Baena na terça-feira, será punido com possíveis proibições no torneio.
Mas a torcedora local Louise Bielinski acredita que a multidão será respeitosa.
"Acho que eles serão ótimos", disse Bielinski. "Acho que todos o respeitam como jogador de tênis. Independentemente do que aconteceu. Vamos seguir em frente."
(Reportagem de James Redmayne em Melbourne)