Investing.com – Ainda que o setor imobiliário chinês continue desaquecido, sem projeções de melhorias no curto prazo, a produção de aço chinesa vem surpreendendo de forma positiva – o que motivou a manutenção de visão otimista do Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) para papéis de mineração e siderurgia. Assim, em relatório divulgado aos clientes e ao mercado nesta sexta-feira, 22, o banco decidiu incluir a Vale (BVMF:VALE3) em sua carteira de dividendos, entrando no lugar da Gerdau (BVMF:GGBR4).
O Itaú lembra que a Vale é uma das principais mineradoras do mundo e a maior do Brasil, com operações nos segmentos de minério de ferro, que corresponde cerca de 85% do resultado da companhia, mas ainda em metais como cobre e níquel.
“Junto com as australianas (BHP, Rio Tinto (LON:RIO) e Fortescue), elas correspondem por cerca de 70% da oferta de minério de ferro transoceânico global”, destaca o analista Victor Natal.
De acordo com o Itaú, a Vale, assim como o setor, deve passar por melhores momentos nos resultados por vir, tendo em vista que a produção de aço chinesa tem estado em patamares fortes. “Além disso, avaliamos que o caixa advindo da venda parcial da operação de metais básicos pode ser distribuído via dividendos no primeiro semestre de 2024, o que, somado aos dividendos mínimos, poderia representar um dividend yield de 8-9% para a ação”, completa.
Crescimento da China
Segundo o Itaú, o crescimento da China é um assunto essencial para o crescimento da economia brasileira, visto que o gigante asiático é um grande consumidor de commodities do país. “O raciocínio não é diferente para o minério de ferro – a commodity é importada e então transformada em aço que, por sua vez, vai servir de insumo para os setores industriais, de infraestrutura e imobiliário, principalmente”, completa o banco.
Carteira de dividendos
Composta por cinco ações que são destaque na distribuição de proventos aos acionistas, além da Vale, a carteira é formada por B3 (BVMF:B3SA3), Caixa Seguridade (BVMF:CXSE3), CPFL (BVMF:CPFE3) e Vibra Energia (BVMF:VBBR3). A carteira é direcionada para investidores com interesse em portfólio defensivo, voltado à renda, sem foco em apreciação de capital.