Por Aleksandra Michalska
NOVA YORK (Reuters) - Se encontrar usos novos para coisas velhas é um dos princípios centrais de um negócio sustentável, alguns jovens influenciadores estão cacifando a ideia ao dar uma nova vida a modas passadas.
Milhões de adolescentes e jovens de vinte e poucos anos recorrem a um aplicativo chamado Depop para comprar e vender sapatos e acessórios vintage ou uma velha camiseta de banda que acumula pó no fundo de um armário.
Alguns estão se despojando de coisas velhas. Outros compram em brechós para criar inventários. Ao comprar e vender roupas de segunda mão, eles estão ajudando a alimentar uma disparada em um canto do mercado do varejo global que está em voga.
"Se você tem um estilo, pode encontrá-lo com um preço ótimo de qualquer década, e isso lhe dá a capacidade de fazer seu próprio traje", disse a analista de varejo Mary Epner. "E é isso que a geração jovem, a geração Z e os millenials, querem fazer".
Um par de jeans da Goodwill dos anos 1990 pode custar poucos dólares, mas estas compras se somam. Estima-se que o mercado norte-americano de roupas de segunda mão dobrará para 77 bilhões de dólares dentro de cinco anos, crescendo muito mais rápido do que outros setores do varejo, de acordo com o brechó virtual ThredUp.
Com dez anos de existência, o Depop é hoje uma subsidiária da Etsy (NASDAQ:ETSY) e se considera um "ecossistema de moda" progressista e diversificado, além de se gabar de ter mais de 30 milhões de usuários registrados, quase todos de menos de 26 anos.