MILÃO (Reuters) - A Justiça italiana decidiu que o roteirista vencedor do Oscar e diretor Paul Haggis deve ser liberado do regime de prisão domiciliar, enquanto as autoridades continuam a investigar acusações de que ele teria estuprado uma mulher, disse seu advogado à Reuters.
"Nosso pedido para revogar a prisão domiciliar foi aceito pelo juiz sem mais medidas, então o sr. Haggis está livre", disse Michele Laforgia, acrescentando que não sabe se seu cliente quer deixar a Itália.
Haggis foi preso no dia 19 de junho após uma mulher britânica acusá-lo de estuprá-la durante um período de dois dias na cidade italiana de Ostuni, no sul do país, onde ele estava dando aulas em um evento de cinema.
Ele negou as acusações durante uma audiência inicial presencial com sua acusadora na semana passada. "Paul Haggis explicou os fatos e o que aconteceu, e se declarou completamente inocente", disse Laforgia a jornalistas após a audiência.
Laforgia disse que o sexo entre seu cliente e a mulher foi "totalmente consensual" durante os três dias que eles passaram juntos, e que ela não tinha sinais de ferimentos ou violência, como foi alegado pela acusação.
A mulher de 28 anos deu uma versão muito diferente do caso durante a audiência, repetindo as acusações contra Haggis, afirmou Claudio Strata, seu advogado.
Haggis, de 69 anos, escreveu o roteiro de "Menina de Ouro" e co-escreveu e dirigiu "Crash: No Limite", que conquistou dois Oscars.
(Reportagem de Emilio Parodi)