Por Anthony Esposito e Noe Torres
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Ao menos 23 pessoas morreram e 65 foram hospitalizadas depois que um viaduto por onde passa um trem do metrô e uma composição desabaram em uma rua movimentada da Cidade do México na noite de segunda-feira, esmagando carros sob vagões e destroços.
As autoridades interromperam os esforços de resgate pouco depois de eles iniciarem, dizendo haver risco de mais partes do trem e destroços despencaram na rua.
Um vídeo do canal local Milenio TV mostrou a estrutura desabando sobre um fluxo de carros nas proximidades da estação Olivos, no sudeste da cidade, perto das 22h30 locais, provocando nuvens de pó.
Ao menos dois vagões pendiam precariamente da via elevada danificada. Nos esforços de resgate iniciais, equipes de médicos e bombeiros tentavam chegar aos vagões. O Exército também participava.
Falando aos repórteres no local, a prefeita, Claudia Sheinbaum, disse que aparentemente uma viga mestra cedeu, mas a causa está sendo investigada.
Ela disse que o resgate foi suspenso porque a estrutura está muito frágil. Um guindaste estava sendo usado para estabilizar os vagões do trem para que os agentes de resgate pudessem retomar a busca por sobreviventes.
As autoridades estão trabalhando para identificar os mortos, que incluem crianças, disse Sheinbaum. Uma pessoa presa no próprio carro sob os destroços foi retirada com vida e levada a um hospital. Sete das pessoas transportadas a hospitais se encontravam em "estado grave" e passavam por cirurgias, disse ela.
A linha 12 do Metrô, que passa sobre a via elevada que desabou, foi construída quase uma década atrás, quando o atual ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, era prefeito da Cidade do México.
"O que aconteceu hoje com o Metrô é uma tragédia terrível. Solidarizo-me com as vítimas e suas famílias", disse Ebrard no Twitter. "É claro, as causas precisam ser investigadas, e responsabilidades definidas."
Ebrard e Sheinbaum são vistos por muitos observadores políticos como os sucessores mais prováveis do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, quando seu mandato de seis anos terminar em 2024.