Por Nandita Bose
WASHINGTON (Reuters) - A viagem da vice-presidente dos Estados Unidos Kamala Harris ao México e à Guatemala nesta semana deve provavelmente enfatizar a cooperação com organizações não governamentais, em meio a críticas de autoridades locais sobre o momento e o enfoque de sua missão para conter a migração para os Estados Unidos a partir da região, disseram especialistas e conselheiros.
A primeira viagem da vice-presidente para o exterior desde a chegada ao cargo, que começa neste domingo, terá o objetivo de abordar questões de desenvolvimento econômico, clima, segurança alimentar e problemas femininos, disseram autoridades da Casa Branca.
Assessores de Harris disseram que ela irá se reunir com líderes comunitários, trabalhadores e empreendedores, e tentaram buscar repetidamente expectativas de curto prazo para a viagem de três dias, ressaltando o foco nas raízes causadoras da imigração, como a corrupção que castigou os países por anos.
Harris irá chegar na Guatemala neste domingo e voa para o México no dia 8 de junho, onde passará o dia.
"Essa viagem não tem a ver com um plano novo para a região, mas esperamos ter um entendimento de qual será a direção", disse Andrew Selee, presidente do Instituto de Políticas Migratórias, que participou de uma reunião com Harris sobre problemas na região.
Uma medida importante do sucesso da viagem de Harris será se ela conseguir mostrar que os Estados Unidos se importam sobre a criação de caminhos legais para a migração na região, disse Selee.
Depois que o presidente Joe Biden assumiu o cargo em janeiro, o número de migrantes sob custódia por agentes dos EUA por mês na fronteira mexicana aumentou para os níveis mais altos em 20 anos. Em março, Biden encarregou Harris de reduzir a migração dos países do 'Triângulo Norte' - Guatemala, Honduras e El Salvador.
(Por Nandita Bose em Washington, Reportagem adicional de Ted Hesson e Dave Graham)