Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira o caminhoneiro Marcos Antonio Pereira Gomes, o Zé Trovão, acusado de ser um dos organizadores dos atos antidemocráticos em defesa do presidente Jair Bolsonaro.
Zé Trovão, que foi gravado em conversas antes dos atos de 7 de setembro fazendo ameaças ao Supremo Tribunal Federal e falando em parar o país com greves de caminhoneiros, teve a prisão preventiva decretada em 1º de setembro pelo ministro Alexandre de Moraes, mas estava foragido desde então.
Logo depois de ter sua prisão decretada, o caminhoneiro fugiu para o México, onde ficou até alguns dias atrás. Em vídeo postado no seu canal do Telegram --que continua ativo-- ele chegou a anunciar que se entregaria à Polícia Federal e acionou a embaixada brasileira no México, mas continuou foragido.
Trovão se entregou à PF em Joinville, onde mora, nesta terça-feira, após voltar ao Brasil através da fronteira brasileira com o Peru, depois de ter chegado a Lima em um voo vindo da Cidade do México.
Antes de ir à PF, ele anunciou que iria se entregar em mais um vídeo no Telegram.
"Vocês com toda certeza receberão do Brasil inteiro a notícia de que neste dia 26 de outubro de 2021 eu me entreguei à Justiça brasileira, me apresentei à Justiça brasileira", disse. "Eu saí do Brasil eu sai para continuar falando e motivar as pessoas de bem a lutar."
Em nota, seus advogados afirmaram que o caminhoneiro "está ao dispor da Justiça para provar sua inocência" e que tomarão medidas para pedir sua liberdade.