Atenas, 4 mai (EFE).- O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, assegurou nesta quinta-feira que apesar das demandas "pouco razoáveis" dos credores, chegou a um acordo preliminar para fechar a segunda avaliação do programa de resgate "equilibrado e sustentável".
Em um discurso perante seu gabinete de ministros, Tsipras afirmou que o objetivo principal deve ser sair do período "humilhante" de viver sob a tutela dos credores, uma fase que, reconheceu, demorará dois anos mais do que o previsto, já que seu Governo aceitou aplicar medidas adicionais - cortes de pensões e aumentos de impostos - que incluem os anos 2019 e 2020.
Tsipras afirmou que os credores "não são nossos amigos" e recalcou que até o Eurogrupo do dia 22 deverão estar "claramente descritas" as medidas de alívio da dívida a médio prazo.
Apesar de todas as dificuldades que trouxe a negociação, Tsipras disse a seus ministros que não usará estes problemas como pretexto para atrasar o trabalho governamental e anunciou uma série de prioridades que deverão ser realizadas imediatamente.
"No dia seguinte da finalização formal da avaliação (do programa de resgate), é preciso inciar a implementação de nosso planejamento estratégico, um projeto que abrange um período de seis anos, os dois até a próxima eleições e os quatro seguintes, no qual será o primeiro período em uma década em que um governo grego poderá colocar em prática seu trabalho, sem a mordaça da tutela", disse.
As máximas prioridades, disse, serão recuperar emprego e investimento, reconstruir o Estado social, reformar a Administração local e revisar a Constituição.
Tsipras anunciou que a partir da próxima semana visitará todos os ministérios para obter uma imagem clara do planejamento de todas as iniciativas previstas.