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Crédito estruturado ou FIDCs? Gestora migra estratégia para maior rentabilidade

Publicado 22.08.2024, 13:38
© Reuters.

Investing.com – Mesmo risco com melhor eficiência tributária e rentabilidade. É com esta avaliação que a gestora Valora Investimentos, especializada em crédito privado,  anunciou migração de alguns fundos de crédito estruturado para FIDCs (Fundos de investimento em direitos creditórios), que realiza aplicações em títulos de crédito criados a partir de contas a receber de uma determinada entidade.

A estratégia visa alavancar rentabilidade dos ativos e proporcionar condições mais vantajosas aos investidores, sem mudanças no mandato e no risco dos portfólios, informou a companhia. A migração será dos seus fundos da família Guardian de “FIC FIMs”, após aprovação dos investidores, sendo que os fundos desta estratégia contam com cerca de 10 mil cotistas e somam mais de R$2,5 bilhões em patrimônio líquido.

A principal diferença, segundo a Valora, é a oportunidade de obter um melhor arranjo fiscal, pois os FIDCs não estão sujeitos ao come-cotas e possuem incidência de imposto de renda de 15% no resgate - e não alíquotas decrescentes a depender do período, iniciando em 22,5%, como outros ativos.

Com a resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que trouxe novas regras e deve otimizar esse tipo de fundo, os FIDCs passaram a poder comprar quotas de outros FIDCs, o que era o mandato deles enquanto FIC FIMs, segundo o CEO da gestora independente, Daniel Pegorini.

A Valora atua como gestora independente desde 2005, totalizando R$ 16 bilhões sob gestão. A empresa é especializada em Renda Fixa Crédito Privado, incluindo Fundos Abertos em Plataformas de Investimentos, Fundos Previdenciários, Fundos de Direitos Creditórios (FIDCs), Fundos Imobiliários (FII) do Agronegócio (Fiagro) e de Infraestrutura.

Veja detalhes em entrevista com Daniel Pegorini, CEO da Valora:

Investing.com –  Quais os principais diferenciais entre os fundos de crédito estruturado oferecidos que serão migrados e os FIDCs?

Daniel Pegorini – Na prática, os fundos migrados também serão convertidos em FIDCs. É importante destacar que, após a implementação da Instrução CVM 175 e da Resolução 5.111 do Conselho Monetário Nacional, os FIDCs poderão adquirir cotas de outros FIDCs. Ao compararmos os fundos migrados com os FIDCs “single names”, identificamos uma vantagem competitiva significativa na diversificação dos ativos dentro do portfólio. Nossos fundos possuem investimentos em mais de 70 FIDCs, distribuídos entre diversas teses de investimento, como Multicedente Multisacado, Consignado Público, Consignado Privado, Clientes, Fornecedores, entre outros. Portanto, destacamos nossa vantagem em termos de diversificação do portfólio.

Sob a perspectiva dos cotistas, vale mencionar que os produtos passarão a usufruir de uma eficiência tributária relevante, uma vez que o fundo não estará mais sujeito ao regime semestral do come-cotas, sendo aplicada a alíquota de 15% de imposto de renda apenas no resgate dessas estruturas.

Como nossos fundos estruturados são compostos predominantemente por investimentos em outros FIDCs, optamos por essa migração, considerando que não haverá alterações no mandato ou na política de investimentos desses produtos.

Inv.com – Quais são os principais riscos envolvidos em FIDCs para serem monitorados pelo investidor e por qual motivo, na opinião da Valora, o risco dos portfólios não é afetado?

Pegorini – Os FIDCs apresentam alguns riscos que são inerentes a essas estruturas, como risco de crédito, liquidez, operacional, governança e fraude. Devido à natureza estruturada desses ativos, a análise e o monitoramento tendem a ser mais complexos e sofisticados. Portanto, é crucial que o investidor saiba identificar gestores com histórico comprovado e expertise na análise e acompanhamento dessa classe de ativos.

Inv.com – Quantos fundos passarão por essa migração? Esse processo deve continuar?

Pegorini – Considerando os portfólios condominiais e exclusivos, 11 fundos passarão pelo processo de migração de modalidade, sendo convertidos de fundos de investimento em cotas de multimercados para FIDCs. O processo de convocação das assembleias teve início em junho, e a expectativa é de que a migração de todos os fundos seja concluída até janeiro de 2025.

Inv.com – Haverá alguma outra migração de ativos como este para outro tipo de ativo disponibilizado pela Valora?

Pegorini – Estamos realizando a migração de todos os portfólios para a Instrução CVM 175, inclusive daqueles que não passarão por alteração de modalidade, como os fundos previdenciários. Para essas estruturas, não haverá nenhuma mudança na política de investimentos.

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