XANGAI (Reuters) - A China vai flexibilizar restrições para empresas estrangeiras interessadas em investir nas zonas de livre comércio do país (FTZ, na sigla em inglês) em uma tentativa de atrair mais capital internacional, afirmou o governo chinês nesta terça-feira.
O governo vai temporariamente substituir um mecanismo de aprovação por um sistema de registro que vai permitir o estabelecimento de empresas estrangeiras ou joint-ventures nas FTZ e facilitar grandes fusões e aquisições envolvendo empresas internacionais, disse o governo em comunicado.
"A medida é mais um passo nas reformas da China para abrir seu mercado doméstico e apoiar o desenvolvimento da zona de livre comércio", disse Liao Qun, economista-chefe para China no Citic Bank International, em Hong Kong.
"Vai ajudar a reduzir pressão da depreciação do iuan e fluxos de capital uma vez que as medidas vão encorajar mais investimento estrangeiro na China", disse Liao.
O governo também vai temporariamente suspender uma exigência que impede que investidores estrangeiros assumam participação de controle em siderúrgicas do país e também permitirá que empresas estrangeiras criem usinas próprias nas zonas de livre comércio, afirma o comunicado.
A regra anterior previa que empresas internacionais de aço que quisessem investir na China teriam que possuir sua própria tecnologia de produção, enquanto as empresas de fora do setor tinham que demonstrar "forte poder de financiamento e alta credibilidade" antes de fazerem o investimento.
(Por David Stanway)