Por Leonardo Goy
BRASÍLIA (Reuters) - O governo federal está acelerando estudos para possível privatização da Infraero e estuda criar outra empresa pública para cuidar dos ativos relativos a torres de controle, disseram à Reuters três fontes a par do assunto.
A movimentação ocorre em meio a seguidos prejuízos da companhia responsável pela gestão de aeroportos no país. Em 2016, a Infraero teve prejuízo líquido de 751,7 milhões reais. Em 2015, o resultado negativo tinha sido de 3 bilhões de reais.
Com a separação das torres em uma nova empresa, que se chamaria Nav Brasil, a privatização incluiria os ativos aeroportuários da Infraero, sem a parte relativa a tráfego aéreo, explicou uma das fontes.
Ainda não estão definidos detalhes, como se antes da privatização alguns aeroportos seriam concedidos separadamente ou vendidas participações neles.
O futuro da Infraero deve ser discutido na terça-feira, em reunião na Casa Civil, na parte da tarde.
Os estudos acontecem em meio ao recrudescimento da crise política. Também nesta terça-feira o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma julgamento que pode resultar na cassação da chapa em que o presidente Michel Temer foi eleito em 2014 juntamente com a ex-presidente Dilma Rousseff.
O governo tem dito que, antes de anunciar a venda de novos aeroportos, precisa achar uma solução para a Infraero, que pode ter sua situação financeira agravada se perder mais aeroportos com potencial para trazer receitas.
Procurada, a Infraero respondeu que não tinha informações sobre o assunto.