Madri, 3 jul (EFE).- O governo espanhol aprovará na próxima um rebaixamento do imposto sobre a renda (IRPF), que entrará em vigor já este mês embora estava prevista para 2016, e que suporá uma injeção de 1.500 milhões euro à economia.
A antecipação dessa redução tributária acontece a poucos meses das eleições legislativas, previstas para novembro, o que levou a oposição de esquerda a criticar o Executivo do PP (centro-direita) por isso que considera que é uma medida eleitoreira.
A vice-presidente do Governo, Soraya Sáenz de Santamaría, justificou a decisão é que agora é "um bom momento" para levar e há "margem suficiente", porque se quer devolver aos espanhóis o esforço fiscal realizado em exercícios anteriores.
O governo acredita que com esta reforma mais de 20 milhões de cidadãos e suas famílias vão notar o rebaixamento a partir deste mês de julho.
Santamaría explicou que as retenções aos assalariados vão voltar a cair, como já o fizeram em janeiro passado em "uma antecipação dessa redução tributária".
Para a imprensa, o ministro da Economia, Luis de Guindos, afirmou que a antecipação do corte do IRPF para o dia 1º de julho deste ano é "compatível" com o cumprimento do objetivo de déficit público de 4,2% do PIB para 2015.
Contra essa opinião, o sindicato dos Técnicos de Fazenda alertou das dificuldades técnicas que coloca a antecipação do corte do IRPF de 2016 para 1º de julho deste ano e advertiu também que pode pôr em risco o cumprimento do objetivo do déficit para 2015.
Segundo os técnicos, vai ser muito difícil aplicar o corte de IRPF a partir de 1º de julho, já que não existem precedentes que em um mesmo ano se tenham aplicado duas escalas diferentes de encargo, após a aplicada em janeiro passado.