NOVA YORK (Reuters) - Os Estados Unidos aprovaram a isenção condicional de sanções contra o Irã neste domingo, mas esclareceram que a medida não terá efeito até que o governo iraniano também suspenda seu programa nuclear conforme consta em histórico acordo nuclear firmado em Viena no dia 14 de julho.
"Hoje é um importante marco na tentativa de impedirmos o Irã de obter armas nucleares e de assegurar que seu programa nuclear seja exclusivamente pacífico daqui em diante", disse o presidente norte-americano, Barack Obama, em comunicado emitido pela Casa Branca.
Em memorando, Obama pediu às Secretarias de Estado, do Tesouro, do Comércio e de Energia que "tomem todos os passos necessários para dar efeito aos compromissos dos EUA no que diz respeito às sanções descritas no acordo com o Irã".
Diversos funcionários do governo norte-americano, que conversaram com repórteres sob condição de anonimato, disseram que a implementação do acordo na prática estaria pelo menos dois meses atrasada.
Este domingo foi o "Dia da Adoção" do tratado, 90 dias após o Conselho de Segurança da ONU avalizar o acordo alcançado entre Irã, EUA, Grã Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China, suspendendo as sanções ao Irã em troca de limitações às atividades nucleares de Teerã.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que o Irã agora terá de agir para restringir seu programa nuclear devidamente.
"Essas isenções não terão efeito até o Dia da Implementação, ou seja, depois que o Irã completar todos os passos devidos, conforme verificado pela Agência Internacional de Energia Atômica", disse ele em comunicado.
O Irã informou à Agência Internacional de Energia Atômica neste domingo que vai cumprir com o compromisso de implementar o Protocolo Adicional ao Acordo de Garantia Abrangente, permitindo que inspetores nucleares da ONU tenham acesso maior às unidades iranianas de energia.
(Por Louis Charbonneau)