Por Bozorgmehr Sharafedin Nouri
DUBAI (Reuters) - O Irã não vai aceitar qualquer extensão das sanções além de 10 anos, disse uma autoridade nesta quarta-feira, na tentativa mais recente do governo de vender para radicais céticos um acordo com potências mundiais sobre o programa nuclear iraniano.
Abbas Araqchi, um dos diversos vice-ministros das Relações Exteriores, também disse durante entrevista coletiva que o Irã fará "qualquer coisa" para ajudar aliados no Oriente Médio, reforçando a mensagem de Teerã de que, apesar do acordo, o Irã não mudará sua política externa anti-Ocidente.
A maior autoridade iraniana, aiatolá Ali Khamenei, disse a apoiadores no sábado que as políticas norte-americanas na região eram "180 graus" opostas ao Irã, em um discurso em Teerã pontuado por gritos de "Morte à América" e "Morte a Israel".
Sob o acordo, o Irã estará sujeito a restrições de longo prazo em seu programa nuclear, em troca de alívio de sanções impostas pelos Estados Unidos, União Europeia e ONU. O acordo foi assinado pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Rússia e a União Europeia.
As potências mundiais suspeitam que o Irã estivesse tentando criar uma bomba nuclear; Teerã afirma que seu programa era pacífico.
Araqchi, negociador nuclear sênior iraniano, disse durante a entrevista televisionada que qualquer tentativa de impor novamente as sanções após a expiração em 10 anos violariam o acordo.