PEQUIM (Reuters) - A China precisa construir até 100 novos reatores nucleares durante a próxima década à medida que tenta levar a fatia de energia nuclear na capacidade total de geração para cerca de 6 por cento até 2030, disse He Yu, presidente do Conselho da China General Nuclear Power (CGN).
He disse que que o plano de baixo carbono da China indo até 2030 precisaria de entre 150 a 200 gigawatts (GW) de capacidade nuclear instalada, ante cerca de 20 GW ao final do ano passado.
A China prometeu no ano passado que trará as emissões de gás do efeito estufa a um pico por volta de 2030 e que dobrará a fatia de combustíveis não fósseis em sua matriz energética geral para 20 por cento durante o mesmo período.
Especialistas dizem que o esforço para "de-carbonizar" a economia Chinesa exigiria um número enorme de novos reatores, mas a China já está enfrentando dificuldades para atingir suas metas nucleares após paralisar todas as novas aprovações após o desastre de Fukushima no Japão em 2011.
Em entrevista com a agência oficial de notícias Xinhua publicada nesta quarta-feira, He confirmou que a China aprovou a segunda fase do projeto nuclear de Hongyanhe da CGN, marcando o primeiro reator nuclear a receber luz verde na China desde Fukushima.
A China atualmente tem 22 reatores em operação comercial total e outros 26 em construção, e precisará aprovar ao menos 10 unidades nos próximos dois anos se pretende atingir uma meta de capacidade de 58 GW até 2020.
(Por David Stanway)