BRUXELAS (Reuters) - O escândalo de alimentos no Brasil não deverá ter influência sobre as negociações de livre comércio em andamento entre União Europeia e Mercosul, disse o comissário europeu de Agricultura, Phil Hogan, nesta segunda-feira, enquanto ressaltava que um eventual acordo está longe de acontecer.
A indústria de carnes do Brasil foi abalada por uma operação da Polícia Federal que investiga corrupção envolvendo inspetores sanitários e alegações de que produtos vencidos foram vendidos.
Os grupos agrícolas europeus Copa e Cogeca disseram que o escândalo levantou sérias preocupações sobre as negociações de acordos comerciais entre UE e Mercosul, o que eles disseram que pode resultar em um afrouxamento dos padrões de segurança alimentar da UE.
Hogan, ex-ministro da Irlanda, falou à imprensa após uma reunião entre ministros da Agricultura da UE e disse que o escândalo era uma "questão separada" das negociações entre o UE e os países membros do Mercosul, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
"Afeta o Brasil. Não afeta todos os outros países do Mercosul, então seria bastante injusto ligar isso a eles", disse Hogan.
(Por Farah Salhi)