BRASÍLIA (Reuters) - O pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira não ter dúvida que irá crescer nas pesquisas de intenção de voto durante a campanha, quando, argumenta, contará com boa estrutura partidária, palanques em todo o país e alianças políticas.
Pesquisa Datafolha divulgada em 15 de abril aponta Alckmin, que também preside o PSDB, com 6 por cento das intenções de voto em cenário que apresenta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chegando a 8 por cento quando o petista não figura entre os candidatos.
“Pesquisa ela é correta do ponto de vista estatístico, não tem o que discutir, mas na realidade a campanha não começou, então ela não tem valor político”, disse o pré-candidato a jornalistas após reunião com as bancadas tucanas da Câmara dos Deputados e do Senado em Brasília.
“Eu não tenho dúvida de que nós vamos crescer. Nós vamos ter os melhores palanques do Brasil desde o Sul até o Norte. Ou do PSDB, ou de aliados. E vamos ter uma boa aliança. Tenho segurança quanto a isso”, afirmou.
O ex-governador de São Paulo aproveitou ainda para anunciar que sua equipe, coordenada pelo economista Pérsio Arida, elabora como uma de suas plataformas de campanha uma forma para dobrar a renda do brasileiro, por meio de metas e de uma agenda que estimule a produtividade e a competitividade.
“Estamos já debruçados em um trabalho cujo objetivo é dobrar a renda dos brasileiros. Nós vamos estabelecer um tempo para isso e as metas a serem atingidas”, explicou.
“Nós teremos que fazer abertura comercial, metas ano a ano... melhorar a educação básica de qualidade ano a ano, atingir metas”, disse, acrescentando que também tem como objetivo zerar o déficit primário para adequar a política fiscal.
Sobre a situação política estadual em São Paulo --permeada de conflitos entre os tucanos que apoiam a candidatura do ex-Prefeito João Doria ao governo e os mais alinhados ao atual governador Márcio França (PSB)--, Alckmin evitou responder diretamente e argumentou que o quadro eleitoral apresenta muitas candidaturas.
Aproveitou para dizer que seu partido tem um candidato forte, fará uma “boa” campanha, e teceu elogios ao seu vice-governador que agora comanda o Estado.
“Foi um bom companheiro no governo ao longo de todos esses anos, um excelente secretário de Estado, conhece o governo e vai fazer um bom trabalho completando também o nosso mandato”, disse.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)