Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - Numa mudança brusca, o senador norte-americano Ted Cruz endossou a candidatura republicana de Donald Trump a presidente dos Estados Unidos nesta sexta-feira, dizendo que ele era o único candidato que poderia impedir a democrata Hillary Clinton de ganhar a Casa Branca em 8 de novembro.
"Há um ano eu prometi endossar o escolhido republicano, e eu estou honrando esse compromisso. E se você não quer ver um governo Hillary Clinton, eu incentivo você a votar nele”, disse o pré-candidato republicano a presidente num longo comunicado.
Cruz, senador pelo Texas e querido pelo movimento conservador Tea Party, foi um dos últimos adversários de Trump na corrida republicana pela candidatura presidencial a deixar a disputa.
Quando Cruz falou para a Convenção Nacional Republicana em julho, em Cleveland, onde Trump aceitou a nomeação, ele não endossou Trump e foi vaiado pelos simpatizantes do empresário de Nova York.
Durante a acalorada batalha das primárias, Trump insultou a mulher de Cruz, Heidi, por conta da aparência física dela. A sua insinuação de que o pai do senador estaria ligado ao assassino do presidente John F. Kennedy levou Cruz a chamar Trump de “mentiroso patológico”.
Em julho, Trump afirmou: “Eu não quero o apoio dele”. Na sexta, ele se disse muito honrado por Cruz estar o apoiando.
"Nós lutamos a batalha, e ele foi um oponente duro e brilhante. Eu espero trabalhar com ele por muitos anos para fazer a América grande novamente”, disse Trump.
Cruz citou a possibilidade de os democratas tomarem o controle da Suprema Corte como uma importante razão para a sua decisão de abandonar a oposição a Trump.
Mais cedo, Trump divulgou os nomes de 21 conservadores proeminentes e declarou que escolheria daquela lista o substituto do juiz conservador Antonin Scala, que morreu em fevereiro.
Um dos nomes na lista de Trump é o senador por Utah Mike Lee, um importante aliado de Cruz.