Por Lindsay Dunsmuir e Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - Após ser derrotada na tentativa de mudar a legislação de saúde dos Estados Unidos, a Casa Branca alertou os conservadores rebeldes de que eles deveriam seguir a agenda do presidente Donald Trump, caso contrário serão ignorados em futuras batalhas legislativas, incluindo a reforma tributária.
A ameaça do chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, de construir uma ampla coalizão para a reforma tributária, que poderia incluir democratas moderados, ocorreu depois que o chefe republicano do comitê de tributação da Câmara dos Deputados disse que esperava avançar com um projeto de lei tributário por meio da comissão nos próximos meses.
O presidente do comitê da Câmara dos Deputados responsável por tributação (“Ways and Means”), Kevin Brady, disse que seu comitê vinha trabalhando em uma reforma tributária paralelamente à fracassada reforma do sistema de saúde.
"Nunca deixamos de trabalhar", disse Brady ao programa "Sunday Morning Futures”, da Fox News.
"Continuaremos a fazer melhorias, planejamos mudar isso no comitê ... e ter isso pronto para ir também ao Senado”, disse Brady.
Tanto Trump quanto Priebus repreenderam os conservadores de linha dura que rejeitaram a legislação apoiada pela Casa Branca para revisar o Obamacare.
Em entrevista ao "Fox News Sunday", Priebus ofereceu a possibilidade de trabalhar com democratas moderados e republicanos para passar outros aspectos da agenda de Trump, tais como o orçamento proposto, a reforma do código tributário e um esforço renovado na reforma do sistema de saúde.
"Se pudermos chegar a um projeto de lei que atinja os objetivos do presidente apenas com os republicanos, seguiremos adiante com ele", disse Priebus.
Mas acrescentou: "Acho que é mais ou menos um aviso de que estamos dispostos a conversar com qualquer um. Sempre estivemos e, acredito, agora mais do que nunca".
Para o embaraço de Trump, que se vendeu como um negociador durante a corrida para a Casa Branca, o projeto de lei do sistema de saúde foi retirado do plenário da Câmara dos Deputados na semana passada, pois não tinha apoio suficiente do Partido Republicano para ser aprovado.
((Tradução Redação São Paulo, +5511 56447719))
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