Santiago do Chile, 19 nov (EFE).- Os chilenos começaram a votar nas eleições gerais deste domingo, após a pontual abertura da maioria dos 2.156 locais de votação nos quais estão instaladas 42.890 urnas.
Estes pleitos, que começaram às 8h (horário local, 9h de Brasília), estão regidos por um novo sistema eleitoral proporcional que substitui o binominal vigente desde a recuperação da democracia em 1990.
Além de escolher o presidente da República, após a votação deste domingo serão renovadas 23 cadeiras do Senado, toda a Câmara de Deputados, de 155 membros, e 278 conselheiros regionais.
O censo eleitoral, de 14,3 milhões pessoas, inclui 40.000 residentes no exterior que, pela primeira vez na história do país, poderão escolher o presidente em seus países de residência, mas não os parlamentares nem os conselheiros regionais.
Esta é a sétima vez desde 1990 que os chilenos elegem um presidente e devem escolher hoje entre oito candidatos, entre eles duas mulheres, que representam todo o espectro político.
Da direita à esquerda, o arco abrange desde José Antonio Kast, um deputado admirador do ditador Augusto Pinochet, até Eduardo Artés, um professor aposentado que admite que seus projetos são tão radicais que não poderiam materializar-se sem uma revolução.
Mais ao centro estão o ex-presidente Sebastián Piñera, a democrata-cristã Carolina Goic, e o governista Alejandro Guillier, que promete continuar as reformas da atual governante, Michelle Bachelet.
Também concorrem o progressista Marco Enríquez-Ominami; Beatriz Sánchez, que procura consolidar a esquerdista Frente Ampla, e o senador Alejandro Navarro, seguidor do movimento bolivariano.
Piñera, que aparece em primeiro nas pesquisas há mais de um ano, é o favorito para voltar ao cargo, após ter presidido o Chile entre 2010 e 2014.