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Citado em delação de Machado, Henrique Eduardo Alves pede demissão de ministério

Publicado 16.06.2016, 18:03
© Reuters. Henrique Eduardo Alves, em Brasília
PBR
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Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, pediu demissão nesta quinta-feira depois de ter sido citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado como tendo recebido 1,55 milhão de reais em recursos ilícitos, em mais uma baixa em pouco mais de um mês do governo do presidente interino Michel Temer.

Alves avisou Temer por telefone da sua saída do governo, confirmou o Palácio do Planalto. Em sua carta de demissão, o agora ex-ministro agradece a lealdade do presidente interino e disse que entregou o cargo para não criar "constrangimento ou qualquer dificuldade para o governo".

O secretário-executivo da pasta, Alberto Alves, assumirá interinamente o comando do Ministério do Turismo.

Alves é o terceiro membro do primeiro escalão do governo Temer a cair por denúncias relacionadas à operação Lava Jato.

O primeiro a sair foi o senador Romero Jucá (PMDB-RR), ex-ministro do Planejamento. Em seguida, o ex-ministro da Transparência Fabiano Silveira. Ambos foram gravados por Machado criticando a Lava Jato e pediram demissão.

Henrique Eduardo Alves esteve na noite de quarta-feira com Temer, logo depois que a delação de Machado se tornou pública. Nela, o ex-presidente da Transpetro revelou que, dos 100 milhões de reais de recursos ilegais que afirma terem sido recebidos pelo PMDB, 1,55 milhão de reais foram pagos a Alves pelas empresas Queiroz Galvão e Galvão Engenharia.

Fontes do Planalto não confirmam o teor da conversa do ministro com o presidente interino, mas lembram que Temer, depois de afastar o segundo auxiliar por problemas com a Lava Jato, chegou a dizer publicamente que havia criado uma “jurisprudência” e que ministros com problemas teriam que pedir demissão.

Esta não é, no entanto, a primeira citação de Alves na Lava Jato. Há dois pedidos de inquéritos ao Supremo Tribunal Federal pela Procuradoria Geral da República – ainda sem resposta. Uma delas para incluir o ministro no chamado “quadrilhão”, o inquérito que apura a formação de quadrilha para atuar na Lava Jato e tem 39 investigados até o momento. Em outro, para apurar sua relação com o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro.

Ao confirmar Alves para o cargo de ministro do Turismo – o mesmo que ocupou no governo de Dilma Rousseff --, Temer chamou o ministro para questioná-lo, contou à Reuters uma fonte palaciana. Alves teria dito que não havia problemas e poderia se explicar.

Em sua delação, Machado também acusa Temer de ter lhe pedido recursos ilegais na forma de doação oficial para o então candidato do PMDB à prefeitura de São Paulo em 2012, Gabriel Chalita. O presidente interino negou as acusações e classificou as acusações do ex-presidente da Transpetro de "criminosas".

© Reuters. Henrique Eduardo Alves, em Brasília

O Planalto ainda não tem uma avaliação do que representará a queda de mais um ministro, mas uma fonte avalia que o “clima está pesado”.

“Delação só vem para cima do PMDB. Parece que o Sérgio operava só para o PMDB. Ele era um operador do PMDB do Senado com o aval do PT. Tinham várias diretorias da Petrobras (SA:PETR4) com o PT”, reclamou a fonte.

Especificamente sobre a saída de Alves, a avaliação é que nunca é bom para o governo perder um ministro por citações de corrupção. Ao mesmo tempo, diz a fonte, Temer “se livra de mais um problema que podia estourar a qualquer momento”.

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