BOGOTÁ (Reuters) - O Congresso da Colômbia autorizou o presidente Juan Manuel Santos a convocar um plebiscito no qual os cidadãos deverão aprovar ou rejeitar o acordo de paz acertado com os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que busca pôr fim ao conflito armado mais antigo da América Latina.
A aprovação do Legislativo na noite de segunda-feira, com o apoio da coalizão de partidos que respalda Santos, se produziu no mesmo dia em que entrou em vigor um cessar-fogo bilateral e definitivo dos combates ordenado por Santos e pelo comandante máximo das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como "Timochenko".
O cessar-fogo assinalou o silêncio dos fuzis e o fim de um confronto que deixou 220 mil mortos, milhões de deslocados e perdas vultosas para a quarta maior economia da América Latina ao longo de 52 anos.
O Senado aprovou a convocação do mecanismo de consulta popular por 71 votos a favor e 21 contra, enquanto a Câmara dos Deputados computou 127 votos favoráveis e 15 contrários.
Obtida a autorização do Congresso, Santos deve emitir um decreto convocando o plebiscito para o dia 2 de outubro, um domingo, e informar a pergunta que será formulada aos eleitores.
O governo precisa que os colombianos aprovem os acordos de paz nas urnas para lhes dar legitimidade política e abrir caminho à sua implementação.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)