Por Rich McKay
BIRMINGHAM, Alabama (Reuters) - O democrata Doug Jones venceu, na terça-feira, uma disputa acirrada por um assento no Senado dos Estados Unidos no profundamente conservador Estado do Alabama, em um golpe político contra o presidente Donald Trump, após uma disputa marcada por acusações de assédio sexual contra o candidato republicano, Roy Moore.
O resultado faz de Jones o primeiro democrata eleito para o Senado no Alabama em 25 anos e irá reduzir a já pequena maioria parlamentar dos republicanos no Senado, que passará a ser de 51 contra 49, colocando em risco a agenda de Trump e abrindo a porta para que os democratas possivelmente assumam o controle da Casa nas eleições parlamentares do próximo ano.
Com 99 por cento dos votos apurados, Jones tinha uma vantagem de 1,5 pontos percentuais sobre Moore. Entretanto, o republicano se recusou a reconhecer a derrota, dizendo a partidários em Montgomery que os votos ainda estavam chegando e que a lei estadual convocaria uma recontagem caso a margem de diferença fosse de meio por cento.
Em entrevista à CNN, o secretário de Estado do Alabama, John Merrill, disse que é "altamente improvável" que qualquer coisa mude o resultado da eleição. "O povo do Alabama falou", disse.
A campanha agressiva conquistou atenção nacional e dividiu o Partido Republicano depois que diversas mulheres acusaram Moore de tê-las assediado sexualmente quando eram adolescentes e ele tinha mais de 30 anos.