Por Luciano Costa
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelo planejamento da geração e transmissão de energia e estudos técnicos, ainda não tem uma avaliação sobre o impacto do acirramento da crise política sobre o setor elétrico do Brasil, após denúncias contra o presidente Michel Temer.
Em um evento que reúne executivos do setor no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, era enorme o clima de apreensão em relação ao futuro, uma vez que o governo Temer preparava uma reforma do marco regulatório da energia elétrica para tentar atrair investidores para o Brasil.
Após as notícias contra Temer, a direção do PSB pediu que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que é da sigla, entregue o cargo ao governo devido às denúncias.
"Está muito difícil falar (o que acontecerá agora). Essa é a pergunta de um milhão de dólares", disse à Reuters o diretor de estudos econômico-energéticos e ambientais da EPE, Ricardo Gorini.
Ele afirmou que a EPE e o governo trabalhavam em medidas para restaurar a racionalidade econômica das regras do setor elétrico e impulsionar investimentos, principalmente em fontes renováveis de eletricidade.
O executivo preferiu não tecer maiores comentários sobre a situação política, após questionamentos da Reuters. "É difícil comentar agora", disse.