Manifestações em Manaus reuniram 35 mil pessoas na orla de Ponta Negra Bianca Paiva/Agência Brasil
A manifestação contra o governo levou hoje (13) cerca de 35 mil pessoas à orla do bairro de Ponta Negra, em Manaus, de acordo com a Polícia Militar. A mobilização começou com uma carreata por volta das 15h. A maioria dos participantes estava vestida de verde e amarelo e muitos tinham os rostos pintados e carregavam bandeiras do Brasil, faixas e cartazes pedindo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
O coordenador estadual do Movimento Brasil Livre, Kléber Romão, destacou o apoio ao trabalho do juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo da operação Lava Jato. “A gente sempre levantou a bandeira do Fora Dilma, seja pelo impeachment, pela renúncia ou pela cassação. Mas agora a gente já tem outros elementos que compõem esse cenário todo que é, no caso, apoio incondicional que a gente quer dar ao juiz Sérgio Moro, ao Ministério Público Federal, à Receita Federal e Polícia Federal”, afirmou Romão.
Para Marília Souza, gestora financeira, é importante a união da população brasileira no momento em que o país enfrenta uma crise política e econômica. “Hoje é meu único dia de folga e esse dia estou dedicando à minha nação. Eu acredito que se nos unirmos, mostrarmos a nossa cara e sairmos do nosso lugar de conforto, nós podemos fazer alguma coisa. Nós vamos dizer não à corrupção”, declarou.
O aposentado José Ramos participou do protesto para pedir, principalmente, o fim da corrupção na política. “A gente veio protestar contra esse governo cheio de corrupção, cheio de roubalheira. A gente quer um Brasil melhor para nossos filhos, nossos netos.”
O comerciário Adilson Pedroso participou da manifestação para reivindicar um país melhor. “Como um cara trabalhador, eu quero o mesmo não só para minha família, mas para todo o povo brasileiro. Não quero somente a minha família feliz, eu quero o meu vizinho, os meus parentes e todas as outras pessoas. Por isso, nós lutamos por um Brasil melhor. Nós não queremos mendigar bolsa isso, bolsa aquilo. Nós precisamos de oportunidades para que possamos trabalhar com dignidade para colocar o pão de cada dia em nossas casas”, explicou Pedroso. O protesto na capital amazonense foi encerrado às 18h15 com o Hino Nacional. Mais de 400 policiais militares reforçaram a segurança na Ponta Negra.