VARSÓVIA (Reuters) - Os poloneses votaram neste domingo em uma eleição que provavelmente colocará no poder a oposição conservadora eurocética, encerrando quase uma década de estabilidade na maior economia do centro-leste da Europa e colocando a Polônia em desacordo com alguns dos seus aliados europeus.
Se as pesquisas de opinião estiverem corretas, a governista Plataforma Cívica (PC), um partido pró-mercado e de centro-direita há oito anos no poder, vai perder para o partido conservador de oposição Lei e Justiça (PiS), comandando pelo irmão gêmeo do falecido presidente Lech Kaczynski, Jaroslaw.
A maioria das pesquisas mostra o PiS como favorito com mais de 30 por cento. O PC vem em segundo com pouco mais de 20 por cento.
Desconfiado da União Europeia e defensor de um papel mais firme da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para lidar com a Rússia, o PiS é contra a adesão polonesa à zona do euro no futuro próximo, promete mais gastos sociais para os pobres e quer que os bancos sejam submetidos a uma nova tributação.
Michal Zurawski, com cerca de 30 anos e que votou para o PiS no centro de Varsóvia, disse ter apoiado a narrativa anticorrupção do partido e seu programa econômico.
"Sua oferta é direcionada àqueles que são menos ricos e isso serve para mim. Cuidar desse grupo e criar melhores condições sociais e de trabalho para eles é bom. Beneficiará a economia da Polônia e do país como um todo", disse Zurawski.
(Reportagem de Gabriela Baczynska e Pawel Florkiewicz)