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Publicado 08.11.2024, 08:04
© Reuters.
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Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com -- Índices de Wall Street estavam mistos na sexta-feira, após recuperação pós-eleitoral e decisão do Federal Reserve de cortar as taxas de juros. O Bitcoin é negociado logo abaixo dos níveis recordes, enquanto a TSMC, a gigante mundial da fabricação de chips, mostra sinais de desaceleração no crescimento das vendas. No Brasil, Petrobras (BVMF:PETR4) volta ao lucro no terceiro trimestre após prejuízo no segundo.

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1. O Fed corta e sinaliza mais flexibilização à frente

O Fed flexibilizou a política monetária na conclusão de sua última reunião de definição de políticas na quinta-feira, conforme esperado, e sinalizou a probabilidade de mais cortes no futuro.

O banco central dos EUA reduziu a taxa de juros overnight de referência em 25 pontos-base para a faixa de 4,50% a 4,75%, a segunda redução consecutiva, já que os formuladores de políticas continuaram a normalizar a política monetária em meio ao arrefecimento das pressões inflacionárias.

Em sua coletiva de imprensa após a decisão, o Presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que a economia poderia ter um desempenho melhor no próximo ano do que se pensava anteriormente e que a inflação permanece em um caminho de volta à meta de 2%.

Isso fez com que os investidores precificassem outro corte de 25 pontos-base na taxa de juros no próximo mês, enquanto os futuros da taxa dos fundos federais também implicaram outras reduções de 67 pontos-base para 2025.

Ainda não se sabe se Powell permanecerá em seu cargo para supervisionar os cortes no próximo ano, dada sua relação conflituosa com o novo presidente Donald Trump.

Trump nomeou Powell em 2018, mas frequentemente atacou o chefe do Fed durante seu primeiro mandato pelas escolhas políticas do banco central.

Na quinta-feira, perguntaram a Powell se ele deixaria a liderança do banco central se fosse solicitado por Trump, ele disse que se recusaria a deixar o cargo mais cedo, acrescentando que ele não pode ser legalmente removido de qualquer maneira.

Os futuros de ações dos EUA estavam mistos na terça-feira, com os investidores em Wall Street digerindo o último corte na taxa de juros pelo Federal Reserve, buscando continuar a substancial recuperação pós-eleitoral.

Às 7h58 (de Brasília), o contrato Dow futuros estava 0,03%, mais alto, o S&P 500 futuros perdia 0,1%, e o Nasdaq 100 futuros caía 0,35%.

Todos os três principais índices atingiram recordes intradiários durante a sessão anterior, dando continuidade à recuperação do mercado após a vitória do presidente eleito Donald Trump, durante a qual o Dow Jones Industrial Average e o S&P 500 atingiram seus melhores dias desde novembro de 2022.

Também ajudou o tom a decisão do Fed de cortar as taxas de juros mais uma vez, ao mesmo tempo em que sinalizou que mais reduções eram prováveis, já que a inflação parecia estar no caminho certo para atingir a meta de 2%.

Todos os três índices estão em ritmo de fortes ganhos semanais, com o S&P 500 e o DJIA subindo cerca de 4%, enquanto o Nasdaq teve o melhor desempenho, ganhando 5,6% até o fechamento de quinta-feira.

VEJA: Calendário Econômico do Investing.com

2. Desaceleração do crescimento da TSMC?

A Taiwan Semiconductor Manufacturing (NYSE:TSM) divulgou vendas saudáveis em outubro, mas o crescimento das vendas está desacelerando, sugerindo que a demanda pode estar diminuindo.

A receita da TSMC em outubro foi de T$ 314,24 bilhões (US$ 9,80 bilhões), um aumento de 24,8% em relação ao mês anterior e de 29,2% em relação a outubro de 2023.

No entanto, o valor anual desacelerou substancialmente em relação ao crescimento de quase 40% observado no mês anterior.

A TSMC, a maior fabricante de chips contratada do mundo, registrou ganhos estelares no trimestre de setembro, já que a demanda do setor de inteligência artificial por seus chips avançados permaneceu forte. A empresa também sinalizou uma perspectiva melhor para o próximo ano devido à demanda robusta de IA.

Mas a TSMC também alertou que a demanda de chips de outros setores, especialmente computadores pessoais, smartphones e eletrônicos de consumo, estava enfraquecendo, com poucos sinais de melhora.

A empresa é um componente essencial da cadeia de suprimentos de fabricação de chips e é uma das principais fornecedoras de gigantes da tecnologia dos EUA, como a Nvidia (NASDAQ:NVDA) e a Apple (NASDAQ:AAPL).

CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street

3. Bitcoin busca novos patamares

O Bitcoin, a criptomoeda mais popular do mundo, subiu na sexta-feira, permanecendo perto dos recordes atingidos esta semana na esteira da vitória de Donald Trump na eleição presidencial de 2024.

Às 7h58, o Bitcoin subiu 1% para US$ 75.852,0, não muito distante do recorde de US$ 76.837,8 registrado na quinta-feira.

A moeda digital se recuperou fortemente após a vitória de Trump, já que os mercados apostam que Trump implementará regulamentações mais favoráveis às criptomoedas, conforme prometido em sua campanha.

Trump prometeu tornar os EUA a "capital das criptomoedas" do mundo, com os investidores apostando que suas políticas dariam ao Bitcoin mais legitimidade como veículo de investimento, impulsionando sua adoção por investidores institucionais.

Parece provável que haja mais ganhos, já que o preço do Bitcoin está em uma fase crítica de seu ciclo de mercado em alta, de acordo com o analista Peter Brandt, com os principais níveis a serem observados, já que se espera que a criptomoeda esteja entre US$ 130.000 e US$ 150.000 no final de 2024.

ACOMPANHE: Calendário da temporada de balanços

4. O petróleo está pronto para fortes ganhos semanais

Os preços do petróleo caíram na sexta-feira, mas ainda estavam a caminho de grandes ganhos semanais, ajudados por um grupo de grandes produtores que adiaram seus planos de aumentar a produção, bem como pela perspectiva de mais interrupções no fornecimento.

Às 7h50, os futuros do de Brasília (WTI) caíram 1,2%, para US$ 71,50 por barril, enquanto o contrato Brent caiu 1%, para US$ 74,89 por barril. Para a semana, ambos os contratos devem ganhar cerca de 3%.

O mercado foi apoiado esta semana pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, um grupo conhecido como OPEP+, que declarou que adiará os planos para começar a aumentar a produção a partir de dezembro, bem como as ações esperadas pelo novo governo Trump, como sanções mais rígidas contra o Irã e a Venezuela.

A cautela com o furacão Rafael também impulsionou os preços do petróleo nesta semana, mas a tempestade, que causou o fechamento de cerca de 400.000 barris por dia da produção de petróleo bruto dos EUA, deve se afastar das áreas críticas no fim de semana.

VEJA: Cotações das commodities

5. Lucros da Petrobras em foco

A Petrobras registrou lucro líquido de R$32,6 bilhões no período de julho a setembro, um avanço anual de 22,3%, revertendo prejuízo de R$2,6 bilhões do segundo trimestre deste ano. O balanço foi marcado por uma geração de caixa robusta, com maiores vendas, mesmo com queda na cotação do petróleo no mercado internacional.

De acordo com release de resultados da companhia, o fluxo de caixa operacional atingiu R$62,7 bilhões, avanço de 11% em relação ao mesmo período do ano passado e ganho sequencial de 33%.

“A empresa está negociando a cerca de 4x seu FCL anual. Ou seja, em 4 anos, a Petrobras gera de caixa o equivalente ao seu valor de mercado”, destacou Tiago Reis, fundador da Suno Research, na plataforma X, antigo Twitter.

Com os resultados, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a distribuição de proventos na forma de dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) no montante de R$17,12 bilhões.

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