BBAS3: Banco do Brasil sobe antes do balanço; hora da virada ou ajuste técnico?
(Reuters) - As ações da Raízen desabavam nesta quinta-feira, após a divulgação do balanço do primeiro trimestre da safra 2025/26, com prejuízo de R$1,8 bilhão, enquanto a dívida líquida saltou para R$49,2 bilhões, de R$31,6 bilhões um ano antes.
"Com um custo líquido da dívida de R$1,6 bilhão no trimestre (R$6,2 bilhões anualizados), a Raízen precisa acelerar o processo de desalavancagem", afirmaram analistas do BTG Pactual em relatório enviado a clientes.
"Ajustar o capex, reduzir o negócio de trading e desinvestir em ativos não essenciais são passos positivos, mas provavelmente não serão suficientes", acrescentaram.
Nesse contexto, Thiago Duarte e Guilherme Guttilla afirmaram ter visto com "bons olhos" a mensagem da companhia de que segue avaliando de forma proativa, com seus acionistas controladores, a possibilidade de um potencial aumento de capital.
A equipe do BTG também manteve a recomendação de compra para as ações, citando que mesmo uma pequena melhoria no fluxo de caixa livre (FCF) poderá desbloquear uma valorização significativa dos papéis.
Por volta de 10h40, as PNs da Raízen, joint venture entre Cosan e Shell afundavam 10,83%, a R$1,07, queda percentual que se confirmada no fechamento será a maior da sua história. Na mínima, os papéis chegaram a R$1,02 -- piso histórico intradia.
No mesmo horário, as ações da Cosan perdiam 3,98% e o Ibovespa cedia 0,6%.
Na divulgação do balanço, a Raízen, maior produtora global de etanol e açúcar de cana, citou o aumento das despesas financeiras em razão do maior saldo de dívida e da taxa média do CDI como um dos componentes de pressão no resultado.
A alavancagem sob a métrica dívida líquida/Ebitda ajustado passou de 2,3 vezes para 4,5 vezes.
(Por Paula Arend Laier)