Lucro do BB tomba 60% no 2º tri; banco reduz payout para 30%
O bitcoin atingiu novas máximas históricas nesta semana, superando US$ 123 mil e ultrapassando o pico registrado em julho. O movimento reflete forte demanda institucional, crescente adoção por tesourarias corporativas, sinais positivos de política econômica vindos de Washington e ganhos expressivos para detentores soberanos.
Em conjunto, esses fatores preparam o terreno para a próxima pernada de alta, mantendo firme a projeção de US$ 150 mil até o fim do ano.
A maior criptomoeda do mundo já acumula alta superior a 31% no ano e está cerca de 60% acima das mínimas de abril.
Esses ganhos não se explicam apenas pelo entusiasmo especulativo. Eles decorrem de mudanças estruturais e interligadas na forma como o setor privado e governos enxergam o bitcoin.
O volume de entradas institucionais não tem precedentes. Os ETFs de bitcoin à vista nos EUA tornaram-se produtos líquidos e profundos, comparáveis aos maiores fundos de ações e de renda fixa em termos de negociação.
O IBIT da BlackRock, por exemplo, movimentou mais de US$ 3,7 bilhões em um único pregão nesta semana. O FBTC da Fidelity registrou mais de US$ 500 milhões na mesma sessão. Esses números não são picos isolados: representam fluxos constantes e comprometidos de investidores profissionais, com mandato para alocar grandes somas em ativos com potencial de crescimento de longo prazo.
No ambiente corporativo, a exposição também cresce. Grandes companhias listadas estão seguindo um roteiro que começou como um experimento ousado e hoje se consolida como estratégia eficaz de gestão de balanço.
A Strategy, empresa focada em bitcoin liderada por Michael Saylor, anunciou nesta semana que suas reservas em BTC somam US$ 77,2 bilhões, um aumento de US$ 35,4 bilhões em relação ao pico anterior de 2024. Não se trata apenas de um ativo contábil, mas de um componente estratégico que gera valor relevante aos acionistas.
No plano soberano, a adoção deixou de ser hipótese e passou a trazer retorno efetivo. As reservas de bitcoin de El Salvador acumulam ganho não realizado superior a US$ 468 milhões sobre um investimento inicial de US$ 300,5 milhões, alcançando valor de mercado acima de US$ 768 milhões. Esses números enviam uma mensagem clara a outros governos: o bitcoin pode atuar como ativo soberano legítimo, com benefícios financeiros concretos.
No campo da política, Washington alterou o tom. Na semana passada, o presidente Donald Trump assinou ordem executiva instruindo o Departamento do Trabalho a avaliar a inclusão de criptomoedas e outros ativos alternativos em planos 401(k).
Isso pode abrir espaço para fluxos significativos de capital de aposentadoria para o bitcoin, uma fonte estável e de longo prazo de demanda, capaz de reforçar sua posição nas finanças tradicionais.
Movimentos tão rápidos e amplos naturalmente trazem volatilidade. Haverá momentos de realização de lucros e consolidação. Esses ajustes são parte saudável de um mercado em tendência de alta.
O que importa é a solidez dos vetores estruturais por trás da ação dos preços. Instituições consolidam posições de longo prazo. Tesourarias corporativas diversificam para o bitcoin com objetivo estratégico. Portfólios soberanos geram retornos mensuráveis. E a administração norte-americana sinaliza integração em vez de resistência.
Uma das características mais relevantes do bitcoin, e razão central para a confiança na meta de US$ 150 mil, é sua oferta limitada. Com emissão fixa, o aumento da demanda reduz a quantidade disponível no mercado.
Essa escassez é amplificada pelo perfil dos compradores atuais: fundos institucionais, tesourarias corporativas e alocações de fundos soberanos. Esses agentes tendem a comprar volumes expressivos e manter posição por longo prazo, restringindo a liquidez e reforçando o equilíbrio entre oferta e demanda.
Cada correção observada nos últimos meses foi seguida por forte recomposição de posição. Não é um movimento motivado por especuladores de curto prazo, mas por participantes com alto poder de compra, visão de longo prazo e objetivos estratégicos. Com esse perfil dominante, as quedas tendem a ser limitadas e passageiras.
O ambiente macroeconômico também contribui. A perspectiva de política monetária mais flexível torna mais atraentes os ativos percebidos como reserva de valor. Em períodos de expectativa de queda de juros, o capital costuma migrar para ativos vistos como proteção contra desvalorização cambial e perda de poder de compra, papel que o bitcoin assume cada vez mais para investidores institucionais e de varejo.
O momento atual combina política favorável, liquidez crescente e adoção em alta. A demanda institucional se amplia. Empresas tratam o bitcoin como ativo de reserva. Governos obtêm retornos concretos.
O governo dos EUA abre espaço para exposição em contas de aposentadoria. Tudo isso ocorre com uma oferta finita.
A trajetória até US$ 150 mil não será linear. Correções e consolidações farão parte do caminho e são saudáveis. Mas a direção, na minha avaliação, segue para cima. Os compradores deste mercado não buscam modismos, posicionam-se para uma mudança estrutural e de longo alcance nas finanças globais.
Com o bitcoin já próximo de US$ 125 mil, o próximo marco pode chegar antes do previsto. Mais importante do que se virá em dias ou semanas é o fato de que a base do mercado está mais sólida do que nunca. As forças que sustentam essa alta são profundas, consistentes e ganham tração.
Acredito que a corrida recorde do bitcoin está longe de terminar. Há momentum. Há fundamentos. Há compradores. E, ao que tudo indica, há também o caminho para US$ 150 mil até o fim do ano.
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