Dados do BC mostram resultado do Banco do Brasil ainda fraco em julho, veem analistas
Investing.com -- Nesta quarta-feira (1º), o Bitcoin avança firme e volta a testar patamares próximos da máxima de duas semanas em um ambiente de cautela nos mercados globais. O movimento coincide com a entrada dos Estados Unidos em mais uma paralisação do governo, que aumenta a incerteza fiscal e empurra investidores para ativos considerados de proteção. No mesmo período, o ouro também cravou novo recorde histórico, refletindo a busca por refúgios diante da indefinição política. Às 16h55 (horário de Brasília), o tom geral era de expectativa, com o mercado de criptomoedas tentando sustentar a arrancada no início do mês, apelidada de “Uptober”.
De acordo com dados da Binance, o Bitcoin era negociado a US$ 117.524,8, em alta de 2,76% no dia, enquanto o Ethereum valorizava 4,24%, a US$ 4.337,46. Entre as altcoins, destaque para a Cardano, que subia 5,68%, cotada a US$ 0,8467 no mesmo horário. O desempenho positivo ocorre após setembro encerrar acima de US$ 114 mil, contrariando o padrão sazonal de fraqueza do período e reforçando a leitura de que outubro pode trazer novas máximas.
O pano de fundo segue sendo o impasse político nos EUA, com democratas e republicanos sem acordo para aprovar a lei orçamentária que garantiria a continuidade dos serviços federais. A suspensão já afeta agências públicas e pode atrasar a divulgação de dados essenciais, como os números de emprego e inflação, que são determinantes para as próximas decisões do Federal Reserve. Em meio à incerteza, cresce a percepção de que o BTC pode atuar como alternativa de proteção, assim como aconteceu em paralisações anteriores, ainda que o impacto passado tenha sido misto.
No campo dos investidores, a reação é marcada pela prudência: há sinais de maior procura por ativos líquidos e redução do apetite por risco elevado. O volume segue robusto, mas sem euforia, sugerindo que o rali carece de catalisadores adicionais para ganhar tração mais duradoura. A dominância do Bitcoin no mercado reforça sua posição de ativo de referência, enquanto altcoins surfam movimentos pontuais de recuperação. O foco agora recai sobre a duração da paralisação do governo americano e sua influência na política monetária, fatores que podem definir o ritmo do mercado nas próximas semanas.
"O shutdown dos EUA expôs a fragilidade do sistema tradicional — enquanto isso, o Bitcoin reforça seu papel de porto seguro digital. O curto prazo pode trazer ruídos e volatilidade extra, mas a narrativa de reserva de valor só ganha força conforme a confiança nas instituições tradicionais vacila. O BTC pode até inspirar cautela, mas ignora o caos político e segue sua própria toada — e isso, para muitos investidores globais, é exatamente o que importa. Analistas do Deutsche Bank veem o Bitcoin cada vez mais parecido com o ouro: oferta limitada, liquidez e ausência de risco de contraparte. Países e até estados americanos já começam a montar reservas em BTC, mesmo com preocupações quanto à volatilidade e uso ainda restrito como meio de pagamento", analisou o WarrenAI.
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