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EXCLUSIVO-Brasil busca aderir à OCDE para atrair investidores após recessão, dizem fontes

Publicado 26.04.2017, 18:42
© Reuters.  EXCLUSIVO-Brasil busca aderir à OCDE para atrair investidores após recessão, dizem fontes

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil pode decidir aderir à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) já no próximo mês, disseram autoridades à Reuters, enquanto o presidente Michel Temer busca aprovação para a agenda de reformas favoráveis aos negócios.

A intenção de Temer de ingressar na entidade com sede em Paris é o mais recente esforço para fortalecer os laços com as nações desenvolvidas do Ocidente, depois que governos anteriores priorizaram as relações com os países em desenvolvimento.

A OCDE aconselha seus 35 membros, na sua maioria países ricos, e é considerada um influenciadora chave na arquitetura econômica mundial.

A decisão final, contudo, depende de uma revisão dos requisitos de entrada que poderia significar mudanças legislativas para cumprir as regras da OCDE sobre impostos e transparência, disse uma autoridade brasileira que pediu anonimato.

Um resultado inicial da revisão está previsto para 15 de maio.

A autoridade e três outras fontes disseram que Temer espera que a aprovação da OCDE atraia investimentos estrangeiros para uma economia que luta para sair de sua pior recessão.

"A adesão garantirá aos investidores que o Brasil está buscando políticas favoráveis ​​ao mercado", disse outra autoridade, acrescentando que a decisão final também dependerá da disponibilidade da OCDE para acelerar a aprovação dos membros. A vizinha Colômbia tem negociado adesão com a OCDE desde 2013.

Se aprovado pelo Conselho da OCDE, o Brasil se tornará o maior mercado emergente membro do grupo e o terceiro da América Latina, depois de México e Chile.

O Palácio do Planalto não respondeu a pedidos de comentários e o Ministério da Fazenda não quis comentar.

No poder há pouco menos de um ano, na esteira do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, Temer está avançando com uma série de reformas de austeridade impopulares para reconquistar os investidores.

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