Por Jeff Mason
WHITE PLAINS, Estados Unidos (Reuters) - A candidata presidencial democrata Hillary Clinton repreendeu seu rival republicano Donald Trump nesta quinta-feira por falar sobre coisas de que soube por informes de inteligência confidenciais, o que classificou como "totalmente impróprio e indisciplinado".
Falando aos repórteres de manhã após um fórum de segurança em Nova York no qual os dois candidatos fizeram aparições separadamente, Hillary também criticou o empresário por elogiar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e dizer que os generais dos Estados Unidos foram "reduzidos a escombros" pelas políticas do presidente norte-americano, Barack Obama.
No fórum televisionado na noite de quarta-feira, Trump afirmou estar "chocado" com as informações que recebeu. "O que eu soube é que nossa liderança, Barack Obama, não seguiu o que nossos especialistas... disseram para fazer", disse Trump.
"Eu jamais comentaria qualquer aspecto de um informe de inteligência que recebi", disse Hillary, ex-secretária de Estado dos EUA, antes de embarcar em seu avião de campanha. Por serem candidatos à eleição de 8 de novembro, ela e o magnata têm direito de receber informes de inteligência.
Hillary disse que o elogio de Trump a Putin, no qual o republicano afirmou que o russo é um líder melhor do que Obama, "não foi só antipatriótico", mas também "assustador".
"Dá a entender que ele irá deixar Putin fazer o que quer que Putin queira fazer e depois inventar desculpas para ele", afirmou Hillary.
A campanha de Trump reagiu a Hillary após sua sessão com os repórteres, dizendo que ela está recorrendo a ataques "desenfreados e desonestos".
"Estes são os ataques desesperados de uma campanha que se debate e afunda nas pesquisas, e característicos de uma pessoa assombrosamente inepta para a presidência dos Estados Unidos", disse Jason Miller, assessor de comunicações sênior de Trump, em um comunicado.
A vantagem de Hillary sobre Trump nas pesquisas nacionais de intenção de voto enfraqueceu nos últimos dias. A média atual das sondagens do site RealClearPolitics lhe atribui 45,6 por cento de apoio e 42,8 por cento para Trump.