Por Crispian Balmer e Antonella Cinelli
ROMA (Reuters) - O primeiro-ministro indicado da Itália, Paolo Gentiloni, tem o apoio parlamentar necessário para formar um governo e deve manter vários ministros da gestão anterior, disseram fontes políticas nesta segunda-feira.
Pouco mais de 24 horas depois de receber um mandato do presidente italiano, Sergio Mattarella, para liderar um novo gabinete, Gentiloni disse que irá se encontrar com o chefe de Estado nesta segunda à tarde, em um sinal de que as conversas com líderes partidários foram bem-sucedidas.
O premiê demissionário, Matteo Renzi, que renunciou na semana passada depois de sofrer uma derrota contundente em um referendo sobre a reforma constitucional que propôs, disse acreditar em uma eleição antecipada em 2017.
Gentiloni é um aliado fiel de Renzi que dificilmente irá minar seu antecessor dentro do Partido Democrático (PD). Como indicativo de que está se atendo ao roteiro de seu antecessor, ele deve incluir muitos membros da equipe de Renzi em seu gabinete.
Duas fontes disseram que uma grande mudança quase certa é o reposicionamento do ministro do Interior, Angelino Alfano, líder de um partido pequeno de centro-direita, como chanceler no lugar de Gentiloni.
Outra fonte política disse que o ministro da Economia, Pier Carlo Padoan, que está tentando desfazer uma crise no setor bancário, irá continuar no cargo. "É 99 por cento certo que ele irá ficar onde está", afirmou a fonte.
O gabinete provavelmente será empossado na noite desta segunda-feira para agilizar a transferência de poder, disse uma fonte política, e uma votação de confiança do Parlamento deve ocorrer até o final desta semana.
Uma das principais tarefas de Gentiloni será elaborar uma nova lei eleitoral que, se concretizada rapidamente, poderia abrir caminho para uma eleição no primeiro semestre de 2017, um ano antes do programado.
(Reportagem adicional de Isla Binnie e Steve Scherer)