BRASÍLIA (Reuters) - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), evitou comentar as denúncias de que o presidente Michel Temer deu aval à compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha e afirmou que, apesar das acusações, as reformas seguirão adiante.
"Eu não falei com o presidente agora à noite", disse Jucá a jornalistas. "É prematuro qualquer comentário sobre qualquer coisa de investigação, porque eu não conheço os autos, não sei do que se trata."
Segundo O Globo, o empresário Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS (SA:JBSS3), gravou uma conversa com Temer na qual o presidente deu aval e pediu que ele mantivesse o pagamento de uma mesada a Cunha, que está preso, em troca do silêncio do ex-parlamentar. [nL2N1IJ277]
Jucá afirmou que o cronograma de votação das reformas da Previdência e trabalhista, que tramitam no Congresso Nacional, não será afetada pelas denúncias publicadas pelo jornal O Globo.
"Não, as reformas serão votadas porque é uma prioridade do país. A questão é focar na recuperação do Brasil. A reforma trabalhista está caminhando bem aqui no Senado, a reforma da Previdência está evoluindo também", disse Jucá.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)